quarta-feira, 14 de novembro de 2012

..." eu pensava que minha vida era boa, e foi nesse momento que você apareceu e me mostrou como eu estava enganado.."

Meu nome é Inu Nakahara, sou uma garota normal ao meu ver, tenho 22 anos, pele clara, cabelos negros e longos. Não tenho muitos amigos eu sei, na verdade eu mantenho uma distância segura das pessoas, mas estou bem assim...eu acho. Meu passatempo preferido é ler, romances para ser mais exata, confesso que tem um autor em particular que me chamou a atenção nesses últimos meses, seu nome é Chiro . Seus romances são muito bons, mas tenho a impressão de que ele transmite uma certa tristeza... não compreendo o porque. Nos seus livros não há  foto ou biografia...
  Trabalho em uma floricultura, inicialmente era apenas um trabalho de meio período mas acabei me apaixonando pelas flores e pela senhora Machiko, que sempre me apoiou, então resolvi ficar.
  Moro em um pequeno apartamento à dois quarteirões do trabalho, sozinha. Minha mãe se divorciou do meu pai depois que ele a traiu e se casou novamente, eu gosto do seu novo marido, ele parece ser gentil e amá-la seriamente, mas eu me sinto mal por estar atrapalhando a lua de mel deles, e eu tenho idade para morar sozinha afinal.

- Ah, mais um dia de trabalho chega ao fim... não vejo a hora de ler o novo romance do Chiro-san, será que                essa sensação de tristeza é coisa da minha cabeça?

Paro no semáforo, com meus pensamentos, quando vejo um homens alto, esguio e bem vestido, diga-se de passagem, passando por mim em direção ao outro lado da rua sem respeitar o sinal vermelho. Numa fração de segundos me vejo correndo em sua direção e o puxando com força para traz antes que um caminhão o atingisse.
Caímos na calçada  e todos estão nos olhando...caramba ele é pesado. Quando decido abrir meus olhos e fitar a pessoa em cima de mim me deparo com dois lindos olhos cinzentos me olhando com espanto e surpresa .

- Vo-você esta bem? digo finalmente, sentindo meu rosto enrubescer.
- Sim.. eu acho ...
- Eh...você poderia me deixar respirar? Você é pesado...

Por um instante vi a linha do deu lábio de contorcer num sorriso tímido, enquanto ele se levantava e estendia a mão para me ajudar alevantar também.

- Obrigado pela ajuda.... ele me olhando em expectativa
- Ino Nakahara. Não foi  nada, apenas preste atenção antes de atravessar a rua, já pensou no que poderia ter acontecido?  Digo num tom de represaria
- Sinto muito... diz quase num sussurro, e se virando ele vai embora me acenado um tchau.

Fico ali parada tentando entender o que aconteceu e o porquê eu dei um sermão nele...e eu nem perguntei seu nome. Bom, não importa sei que não vou velo novamente.
  Uma semana se passou desde esse incidente e eu estou no final do meu expediente, terminando um arranjo de rosas para o cliente que já deveria estar aqui... pronto esta lindo.(^^)

- Com licença, meu nome é Chihiro Nagata  e eu vim retirar um buquê de rosas que deixei encomendado com a senhora Machico...
- Ah sim, bem vindo...      Minha nossa é ele!
- Ora, que feliz coincidência, como vai senhorita?
- Bem obrigada e com o senhor?       parece até outra pessoa. O que aconteceu com aquele ar perdido daquele dia?
- Vou bem. Então o buquê...
- Ah sim, esta pronto vou buscá-lo, um momento por favor.

Pego o buque que havia preparado e o entrego. Ele me olha atentamente, e enfim esboça um sorriso.
Ele paga o buque e se dirige  saída.
  Paro no semáforo a caminho de casa, lendo o livro do Chiro-san. Me perco em cada parágrafo imaginando como alguém poderia escrever coisas tão lindas. Será que coisas assim são realmente possíveis?

- O sinal esta verde...

Ouço uma voz suave e gentil e  então volto a realidade.

- Ah me desculpe...

Quando olho para traz vejo aquele homem, me olhando, com uma expressão indecifrável no rosto. Espera, ele ainda esta com o buque, será que ele foi rejeitado?

- Ei, não me olhe assim, meu rosto esta sujo? As palavras pulando da minha boca
- Não, me desculpe, eu só queria lhe agradecer por me salvar aquele dia, você é uma garota forte. Aqui são para você - ele me entrega o buque.
- Espere... minha expressão revelando minha surpresa e duvida ao mesmo tempo.
- Eu encomendei o buque para agradecer a garota que me salvou na esperança de encontrá-la de novo aqui, então eu te encontro na floricultura, foi uma surpresa. Eu decidi esperar aqui e lhe entregar o buque, para não te trazer problemas - ele faz uma pausa - espero que goste.

- Eu gosto de flores... mas não precisava se preocupar eu fiz sem pensar na verdade...     boca grande!
-  Eu vejo, mas você me surpreendeu me dando aquela bronca (risos)....    Ah ele sorriu!
- Desculpe por isso...
- Sabe, eu sei que parece estranho assim de repente  mas você aceitaria tomar um café comigo?     O quê?








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